Inflação alta derruba poder de compra, mas oferece cenário favorável a investimentos
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A inflação costuma ser vista como um vilão, seu impacto é sentido principalmente na hora do consumo. Ela está presente nas prateleiras dos supermercados e das farmácias, no menu dos restaurantes, nas mensalidades escolares e em qualquer outro estabelecimento que ofereça algum produto ou serviço.
O cálculo oficial da inflação no país é o IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, medido pelo IBGE. O IPCA monitora mensalmente os preços de diversas categorias de consumo, como alimentos e bebidas, despesas pessoais, habitação, saúde e educação. Em maio, por exemplo, o índice da inflação foi de 0,47%, resultando num acumulado de 4,78% desde o início do ano e de 11,73% entre junho de 2021 e maio de 2022.
“Esse percentual é o aumento médio dos preços brasileiros nos últimos 12 meses. Isso diminui o poder de compra do consumidor, mas esse é o lado ruim da história. A inflação alta pode também significar bons rendimentos”, explica Lucas Oliveira, da Atrio Investimentos. “Há ativos disponíveis no mercado possuem valorização atrelada ao IPCA, acrescida de um percentual que garante ganho real sobre a inflação”, acrescenta.
Os principais investimentos atrelados ao IPCA são os títulos públicos, NTNB’s (o chamado Tesouro IPCA+), emitidos pelo governo federal. Basicamente, comprar esses papéis significa emprestar dinheiro à União, em troca de um rendimento previamente estabelecido, adicionado à variação do IPCA. Mas também há opções de títulos de renda fixa emitidos pelos bancos, que como CDB, LCI e LCA, papéis de empresas que são as Debêntures, inclusive existem as Debêntures Incentivadas que são isentas de imposto de renda para Pessoas Físicas e opções de fundos de investimentos atrelados a inflação e Debentures Incentivadas esse último também é isentos de IR para pessoa Física).
“Essas são algumas formas de alcançar um rendimento considerável num cenário mais inflacionário como atualmente o Brasil está passando.”, salienta Lucas Oliveira. Isto, pondera, não indica que a inflação alta é positiva, mas que é possível diminuir seus impactos e potencializar os retornos dos investimentos em um cenário de maior inflação. “A elevação dos preços inibe o consumo e atinge a camada com menor renda da nossa população.
Porém entender essa dinâmica é fundamental para fazer seus investimentos terem retornos adequados reequilibrando assim o poder de compra”, explica Lucas Oliveira da Atrio.
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